06/06/2016

Dois loucos famintos...

   


 Era uma tarde de domingo, o céu estava nublado e propício a uma calmaria sonolenta. Estávamos em nossa casa, assistindo alguns episódios da nossa série favorita e comentando sobre o clima adequado para esquentar os nossos corpos friorentos. Enquanto conversávamos a minha imaginação fértil aflorava-se a cada detalhe sucinto que ele dizia. Os nossos olhares faziam amor mesmo sem o toque suave das nossas mãos. A conversa incessante fazia-nos transbordar, então nos beijamos calorosamente e nos despimos como dois loucos.
    Apalpava-me com gosto àquelas mãos sedentas de safadeza. Sentia em meu corpo a quentura daqueles toques que percorria sobre os meus seios, descia pelas minhas curvas e chegava ao ápice do meu tesão. Tocou-me com tanta ternura que logo percebi o quanto ele era suficiente para acalmar os meus hormônios pulsantes ou alimentá-los de vez. Parecíamos dois adolescentes famintos por sexo, mas éramos dois adultos com a alma rejuvenescida.
    Acariciava-lhe com destreza o seu pênis ereto e direcionava-o vagarosamente em meus seios e logo depois em minha boca. Ele, por sua vez, gemia de prazer e a cada sussurro a minha libido aumentava. Nossas línguas, nossas salivas e nossos líquidos misturando-se numa mistura afável de reciprocidade. Realmente, parecíamos dois adolescentes apaixonados no seu ápice de insanidade. 

    Entrelaçava suas mãos em meus cabelos bagunçados e descia para a minha nuca beijando-me devagar; meu corpo estremecia. Repousava a sua língua sobre o meu ponto central e o meu corpo trêmulo não resistia de tanto tesão. No gozo, percebíamos a inteireza dos nossos atos e o quanto reagíamos a cada estímulo carnal satisfazendo os nossos anseios. Abraçamo-nos como duas crianças que haviam terminado de guardar os seus brinquedos para dar um cochilo e que depois voltariam a brincar novamente. Nos amamos como nunca e queremos isso de novo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário