
Foi-se. Levou consigo aquele sorriso deslumbrante que por onde passava deixava rastros. Era notável a tamanha felicidade do fulano nas ladeiras de Olinda, e como se não bastasse, aquele sorriso continuava a me encantar. Era lindo apreciar a extrema timidez daquele rapaz. Junto com os seus amigos, desfrutando das delícias da vida como quem não queria nada ou que queria, mas não sabia resplandecer. Aquilo parecia-me sincero.
O que mais me impressionava naquele moço era aquele belíssimo sorriso. É que ninguém sabe, mas certos sorrisos me tiram o fôlego e me fazem sair de mim. Oh Deus, bendito seja aquele sorriso... Era inexplicável ver tudo aquilo.
Aproveitei-me o bastante. Dancei feito uma louca e fiz coisas que nunca mais havia feito. Acho que os goles de vinho realmente fizeram efeito e aquele momento dediquei somente a mim.
Lá no apertado das ladeiras de Olinda, ao som do batuque tocando ''Me segura senão eu caio'', do Alceu Valença, o tal do fulano estava soltinho, soltinho e ainda me puxou para dançar sem nem me conhecer. Eu que não sou abestalhada nem nada, me deixei levar no embalo daquele som.
Ao anoitecer, o fulaninho me convidou para comer o danado do acarajé, típico do Alto da Sé, e lá o clima esquentou, meu coração palpitou e o beijo rolou. Foi incrível, foi o beijo mais verdadeiro em que me deliciei. Nos despedimos.
Nos despedimos para nunca mais. Descobri que o tal fulano - que descobri o seu nome, mas deixo no confidencial - nem é daqui. Mora lá pelo Sul, e só veio fazer visita. Foi então que entendi que pela primeira vez eu vivi um amor de carnaval.
E aí a gente para pra pedir que o carnaval dure o ano todo ou uma vida toda, né? HAHAHA
ResponderExcluirÔxe, maravilha! Uma vida toda, não seria nada ruim, né? HAHAHA
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