01/06/2014

Insanidade


     Ás vezes tenho medo, sei lá. Medo do medo de amar uma pessoa.  Medo de avançar o sinal. Medo de ficar estatelada ao ver sua reação ao dizer o quanto gosto de você e que te quero por perto, mesmo que seja só como meu amigo. 
     Você é tímido, eu também. Talvez a gente sinta, mas não temos coragem de falar um para o outro. O que vai ser de nós daqui há alguns anos? Será mesmo que vamos evitar esse sentimento para o resto da nossa vida? E se não for eterno? Que seja enquanto dure. A gente se ajeita, vê se dar certo, quem sabe. E se doer? Pelo menos vivemos algo intenso. A vida é assim, não tem jeito, nada é para sempre. É difícil, eu sei, mas temos que aceitar.
     Você teve a oportunidade de se envolver com outras pessoas, eu também. Que tal fazermos o mesmo, jutos? O que nos falta é coragem.  Coragem de dizer, coragem de nos deixarmos levar, coragem de alguma coisa, alguma coisa que eu não sei. O que nos domina é o medo. Medo de nos machucarmos, medo de termos feito a escolha errada no momento errado, medo do medo de amar uma pessoa. É uma tarefa difícil, afinal, viveremos uma vida juntos, e vida como já diz o nome, é vida. 
     Agora já chega, vou parar de viajar na maionese, chega de platonismo. É simples: Quer namorar comigo? Não, isso é coisa da minha cabeça. Que seja, um foda-se seria bem viável. Acordei. 

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