14/12/2015

Corpos nus despidos pelo vento

  

   Lembro-me com nostalgia do dia em que os nossos corpos estremeceram. Naquela noite estávamos indo jantar num restaurante bem próxima à praia, que por sinal, estava deserta. Parecia que tudo ali estava conspirando ao nosso favor. Depois de jantarmos, fomos apreciar o barulho das ondas e a leve brisa que batia em nosso rosto. Tudo aquilo foi o bastante para que fizéssemos amor ali mesmo. 
   Havíamos jogado umas conversas fora vinte minutos antes, mas logo depois não perdemos muito tempo e nos calamos com um beijo. Eu precisava daquilo como nunca, foi a melhor sensação que senti. A ventania gritava em nossos ouvidos ''dispam-se'', e assim fizemos. Tiramos a roupa com gosto, unhas e dentes (risos). 
   Os nossos olhares se entrelaçavam emanando safadeza e a cada beijo o nosso corpo pedia mais. Unhas, dentes, lábios e língua fizeram parte do nosso cardápio ou da sobremesa depois do jantar, como sugerimos ao brincarmos um com o outro. Nossas mãos deslizavam sob o nosso corpo e a língua então, nem ouso falar... 
   Entre gemidos e sussurros, toques e pura imagin(ação), ficamos ali por algumas horas aproveitando e nos aproveitando bem. Nossos corpos estremeciam a cada pousada de mão, bocas e afins e ali guardamos mais uma história entre tantas que construímos até agora. A sensação macro faço questão de relembrar, mas as pequenas e boas sensações só nós sabemos. 


Texto escrito ao som de Liniker - Zero

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