Ultimamente
tenho pensando bastante em trazer à tona esse tipo de reflexão para vocês e com
vocês. Essas duas palavrinhas, equilíbrio e espiritualidade, são palavras que
passei a carregar comigo na ação, ou seja, no ato de tentar sempre colocar em
prática, desde o momento em que eu pude passar por uma fase de
autoconhecimento, aceitação e auto-amor. Essas três últimas palavras são
atividades diárias, que precisam ser regadas todos os dias com força e amor por
si e vou te contar, não é tão fácil como se imagina. Sim é algo individual, mas
eu acredito que quando a gente transborda as pessoas são tomadas pelas nossas
boas energias.
Recentemente
eu me expus a uma experiência que para muitos é uma sensação corriqueira, mas
para mim foi algo novo e horrível: ficar embriagada. É. Não falo de ficar rindo
à toa com dois copos de vinho, falo de ficar embriagada fazendo vexame na rua,
eu odiei a sensação de não ter o controle sobre o meu corpo, sobre a minha
fala, alguns me dizem que é bom de vez em quando desopilar a mente e eu
concordo com isso, é maravilhoso mesmo. Mas dessa forma a que me expus
propositalmente eu não gostei, por isso fiquei refletindo um pouco sobre mim e o
que percebi é que não nasci para beber álcool com muita frequência e de me embriagar e isso também
é reflexo do que presencio na minha casa porque o meu pai é alcoólatra e eu não
quero e nem sinto a necessidade de perder o equilíbrio a ponto de eu não poder
ter o controle sobre o meu corpo. Essa
experiência me fez perceber e aceitar uma parte da pessoa que sou; às vezes eu
me acho careta por não me encaixar no grupinho que tem o costume de beber com
freqüência, de fumar, de ir à baladas e festas frequentemente, mas tudo bem
porque não só tem eu de ‘’careta’’ no mundo e mesmo que tivesse, não somos
obrigados a nos encaixar onde não nos cabe, certo? Com o tempo a gente aprende
a conviver com as diferenças e aprende a nos aceitar sem necessariamente fazer
as mesmas coisas que aquele grupinho faz, e vale dizer que você não é melhor do
que o amiguinho que tem muitos vícios, você pode ter outros vícios e nem
perceber. Somos imperfeitos.
Esse
autoconhecimento é muito importante até mesmo para amenizar certos conflitos
internos e trazer um pouco mais de harmonia e paz para o nosso espírito, porque
a partir do momento que a gente tem a autoconsciência, ou seja, se reconhece
enquanto sujeito que gosta ou não de fazer determinada coisa ou que tem ou não
determinada atitude que considere prejudicial a você e as pessoas que convivem
com você, como por exemplo, o caso da bebida alcoólica com freqüência, é um
sinal de que você pode tentar trabalhar o equilíbrio (ponderar certas atitudes
ou certos hábitos) em você e a partir daí você pode até se perceber enquanto um
sujeito que precisa de ajuda, seja ajuda médica ou ajuda espiritual, então o
autoconhecimento é importante para se reconhecer e se colocar no mundo enquanto
um sujeito imperfeito e aprendiz da vida.
Também
é importante ser dito aqui que o equilíbrio espiritual é algo que a gente tenta
buscar para a vida, mas temos que deixar claro em nossa mente que a busca por
esse equilíbrio não faz de nós pessoas perfeitas e muito menos iremos nos
tornar pessoas perfeitas, no sentido de nunca termos problemas, até porque o
equilíbrio e o desequilíbrio andam juntinhos e é natural e fundamental que
tenhamos dificuldades para encarar e viver porque é isso que nos faz crescer, é
isso que nos faz amadurecer e é o aprendizado e as mudanças que nos fazem seres
humanos melhores para si e para os outros.
O
equilíbrio interior está na mudança de pensamento, na mudança de atitudes e
principalmente no autoconhecimento. Quando você busca no seu interior a sua
essência e trabalha as suas energias para vibrar no bem já é um grande avanço
para a paz espiritual. Isso é uma tarefa diária e a gente pode começar
simplesmente avaliando antes de dormir como foi o nosso dia e agradecer por
pelo menos uma coisa boa que aconteceu, por mais simples que essa coisa seja,
ou simplesmente agradecer por estar vivo, isso é tudo.
Buscar
o equilíbrio interior é importante para a nossa saúde mental, física e para a
nossa espiritualidade, pois tudo que é em excesso é ruim (mesmo que seja um
excesso de coisas boas) e tudo que é muito pouco nos faz falta. É fundamental
que tenhamos essa autoconsciência de sempre cativar em nós a paz de espírito e
a harmonia em nosso ser, independente de como você ache que deva fazer para
emanar isso a si próprio. Quando a gente transborda energias positivas,
transmitimos isso para as pessoas. E lembre-se que nós não precisamos do muito,
precisamos apenas do necessário e esse necessário se torna muito quando somos
gratos.
Vídeo (Facebook) - Equilíbrio Interior (Achei esse pequeno vídeo bem interessante.)
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