03/03/2017

Reflexos da 'adultez'...


Bom mesmo era o tempo em que a nossa única preocupação era fazer os deveres de casa que a tia da escola passava e cuidar dos arranhões do joelho, que diferente das quedas da vida, eram quedas advindas de muita diversão. Hoje estamos crescendo, amadurecendo e entrando naquela fase em que toda criança se apressava para ser: adulto.
Os anos se passam e com eles muitos aprendizados, lutas diárias, idas e vindas inesperadas, começos e recomeços... A hora de levantar e seguir adiante é agora. Os nossos círculos de amizades começam a ficar menores e então percebemos que a nossa própria companhia é a melhor companhia.
Já não há mais aquele tempo de antes para jogar papo fora numa roda de conversa com amigos, para compartilhar a vida e as confidências e quando há tempo a conversa torna-se tão supérflua, daquelas de só querer saber as novidades mais bombásticas da vida do outro e só, pois os afazeres do dia-a-dia consomem o nosso tempo, a nossa nova rotina consome o nosso tempo. Descobrimos por mais duro que seja que as coisas em sua maioria não são como a gente quer e que talvez nunca consigamos manter os vínculos de amizade da época do colegial ou da faculdade porque cada um vai seguir seu rumo e construir a sua vida. Lembro-me do tempo da escola em que eu e o meu grupo de amigos planejávamos morar juntos e vivermos uma vida louca... Doce engano!
O desenrolar da vida nos encaminha para o lado de pessoas que temos mais afinidades, gostos em comum, rotinas em comum... A tal popularidade vai chegando ao seu fim e vamos percebendo que nem sempre o que fazemos pelo outro será retribuído da mesma forma, que no final de tudo somos nós por nós mesmos e mais ainda, que tudo o que os nossos pais falavam era verdade, ‘’não se iluda com muitos amigos, antes poucos e bons amigos do que muitos para te apunhalar pelas costas’’ e que sim, eles são os nossos melhores amigos (eles ou quem nos criou) e mais ainda que os nossos laços mais fortes são o da nossa família, tanto a que nascemos nela como a que construímos. O destino nos encarrega de vivermos só, visto que um dia todos nós iremos partir.
O que fica aqui e agora é observarmos cada passo que damos, evoluindo e aprendendo com os nossos erros, é observar quem são os nossos verdadeiros amigos e, não se assuste caso sejam bem menores do que você imaginava, é entender que a vida tem o seu curso natural e nada do que fizermos conseguirá mudar ou controlar isso. Apenas viva o que tiver de viver e queira sempre mais, sempre o melhor para você e para quem os cerca. 

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