Bom mesmo era o tempo em que a nossa única preocupação
era fazer os deveres de casa que a tia da escola passava e cuidar dos arranhões
do joelho, que diferente das quedas da vida, eram quedas advindas de muita
diversão. Hoje estamos crescendo, amadurecendo e entrando naquela fase em que
toda criança se apressava para ser: adulto.
Os anos se passam e com eles muitos aprendizados, lutas
diárias, idas e vindas inesperadas, começos e recomeços... A hora de levantar e
seguir adiante é agora. Os nossos círculos de amizades começam a ficar menores
e então percebemos que a nossa própria companhia é a melhor companhia.
Já não há mais aquele tempo de antes para jogar papo fora
numa roda de conversa com amigos, para compartilhar a vida e as confidências e
quando há tempo a conversa torna-se tão supérflua, daquelas de só querer saber
as novidades mais bombásticas da vida do outro e só, pois os afazeres do
dia-a-dia consomem o nosso tempo, a nossa nova rotina consome o nosso tempo. Descobrimos
por mais duro que seja que as coisas em sua maioria não são como a gente quer e
que talvez nunca consigamos manter os vínculos de amizade da época do colegial
ou da faculdade porque cada um vai seguir seu rumo e construir a sua vida.
Lembro-me do tempo da escola em que eu e o meu grupo de amigos planejávamos
morar juntos e vivermos uma vida louca... Doce engano!
O desenrolar da vida nos encaminha para o lado de pessoas
que temos mais afinidades, gostos em comum, rotinas em comum... A tal
popularidade vai chegando ao seu fim e vamos percebendo que nem sempre o que
fazemos pelo outro será retribuído da mesma forma, que no final de tudo somos
nós por nós mesmos e mais ainda, que tudo o que os nossos pais falavam era
verdade, ‘’não se iluda com muitos amigos, antes poucos e bons amigos do que
muitos para te apunhalar pelas costas’’ e que sim, eles são os nossos melhores
amigos (eles ou quem nos criou) e mais ainda que os nossos laços mais fortes
são o da nossa família, tanto a que nascemos nela como a que construímos. O
destino nos encarrega de vivermos só, visto que um dia todos nós iremos partir.
O que fica aqui e agora é observarmos cada passo que
damos, evoluindo e aprendendo com os nossos erros, é observar quem são os
nossos verdadeiros amigos e, não se assuste caso sejam bem menores do que você
imaginava, é entender que a vida tem o seu curso natural e nada do que fizermos
conseguirá mudar ou controlar isso. Apenas viva o que tiver de viver e queira
sempre mais, sempre o melhor para você e para quem os cerca.
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