18/01/2015

Penso, logo opino: Legalização do Aborto



Olá pessoas, como estamos? Espero que estejam bem (saúde é o que importa, rsrs). No ''Penso, logo opino'' de hoje, estarei falando sobre um tema que ainda é tratado como um assunto bem distante. É um assunto um pouco delicado para explanar, mas deixarei claro o meu posicionamento. 



   Antes de mais nada, eu sou sou a favor do aborto apenas em casos extremos como estupro, quando o bebê nasce anencefálico ou quando trás algum risco para a saúde da gestante. Porém, eu sou totalmente a favor da legalização do aborto e não sou feminista - não gosto de me entupir de ideologias - e eu não abortaria se não estivesse vivendo em uma dessas situações que citei acima.
  Como sabemos, o aborto acontece mesmo sendo considerado crime e muitas das vezes são feitos por mulheres com condições financeiras baixíssimas, o que deixa sua qualidade de vida a desejar. O primeiro ponto pelo qual eu concordo com a legalização é justamente essa promoção da saúde para as gestantes, com as políticas públicas de saúde. Por fim, o segundo e último ponto, é que do contrário, ao invés de aumentar a quantidade de abortos, iriam diminuir por dois motivos: Pressão psicológica e social. Já que antes a mulher praticava o ato escondida, se legalizasse ela não poderia mais esconder e os motivos os quais citei acima iriam prevalecer e ela iria pensar mil vezes antes de cometer o ato. 
  O único tabu que noto nessa discussão sem fim, é a preservação de uma vida vindas claro, de conservadores religiosos que não entendem as propostas benéficas da legalização. Porém, o que é comprovado biologicamente é que durante o primeiro mês da gravidez ainda encontra-se um feto na barriga da mãe e as discussões giram em torno do ''Mas um feto já é uma vida'', ''O feto é apenas uma célula-tronco'' e por aí vai. O que eu tomo como ponto principal não a ideologia feminista de ''ah, eu mando no meu corpo'' - inclusive, cada um manda no seu corpo, não só as mulheres - e sim a proposta de políticas públicas de saúde para elas e a diminuição do aborto. 
   Eu particularmente não condeno alguém que já tenha feito o aborto, até porque quem sou eu, né? E vários são os motivos que devem ter levado uma mulher a ter cometido o ato. Porém, o que eu acho mais difícil de aceitar é a irresponsabilidade das jovens que não se previnem - e querem fazer os gostos do namorado para transar sem preservativo -  e quando pensam que não, engravidam e a culpa são de ambos. O mais indicado para esse caso seria a menina gerar o filho e depois doar, eu não faria isso, teria o bebê e cuidaria dele. Já em casos de estupro, eu infelizmente abortaria, pois não aguentaria gerar um filho de um momento horrível, doloroso e nojento - se bem que o bebê não tem culpa disso -, mas eu não suportaria a ideia de ter um filho de um estuprador. Aí dizem ''Ah, mas você poderia doar'', não, eu não doaria e nem teria-o, eu sofreria e o bebê mais ainda. Preferia me culpar por ter abortado do que gerar um filho extremamente indesejado e mais uma vez, eu não doaria, pode até ser egoísmo de minha parte, mas eu não doaria.   

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