04/01/2019

Nem todos compreenderão as nossas escolhas... E está exatamente tudo bem também.



Eu estive pensando há uns dias atrás como as nossas escolhas em alguns momentos não tão bons assim geram impactos negativos na vida de outrem por simplesmente não compreenderem os motivos das nossas decisões e afastamentos e/ou fechamento de ciclos, mesmo quando deixamos claras todas as nossas razões. A verdade é que ninguém, nem aquele em que num dado momento da tua vida te fez mal e vice-versa (ambos transformaram a relação sadia numa relação tóxica) vai compreender os teus motivos pelo qual você se afastou, desfez a amizade ou o relacionamento em qualquer esfera. Nem todos vão compreender, precisamente a quem construístes a relação de sadia para tóxica, que a tua escolha partiu de um processo de auto-perdão e perdão a quem te feriu e foi ferido por você e sabe de uma coisa? Está tudo bem não ser compreendido às vezes, se a tua escolha te transmite paz, é isso que importa, principalmente quando você se percebe que tentou inúmeras vezes, o outro também tentou, mas mesmo assim não gerou resultado positivo.
Às vezes, por mais que você explique e (re)explique e explique novamente, o outro coloque o seu ponto de vista, você o seu e enfim, toda aquela conversa maçante da famosa ‘’DR’’, o outro ainda sim não vai querer entender os seus motivos e pode até entender, mas ainda sim vai lidar com a situação se vitimizando e não assumindo que simplesmente algo deixou de fluir e que as vezes as escolhas bruscas precisam ser feitas para que a vida siga o seu fluxo com naturalidade, porque em muitos momentos nós nos colocamos na situação de sermos a pedra no caminho/desenvolvimento humano/mental/espiritual de alguém e vice-versa, ou seja, o outro a quem te feriu também pode ser essa pedra que está te impedindo de evoluir e até de reconhecer a sua essência, porque você está gastando tanta energia naquilo que não flui mais que você se perde dentro de você mesmo. E sabe o que é legal nisso, por incrível que pareça? É que quando você se percebe nessa situação, por mais dolorosa que seja, você tem a oportunidade de liberar o seu fluxo natural da vida e o da pessoa a quem te feriu e foi ferida, mesmo essa escolha sendo ‘’olha, eu e você não merecemos isso, então eu optei por ir embora da tua vida para que eu e você vivamos bem’’. Sim, em muitos momentos da nossa vida o afastar-se do outro, o manter-se distante do outro ou o simplesmente desfazer a amizade com o outro é a melhor solução sim e está tudo bem se essa foi a sua escolha. Nem todas as suas escolhas serão positivas, há escolhas negativas sim, mas que nos ensinam muita coisa, logo, precisamos aprender a lidar com a consequência delas, certas escolhas não tem mais volta, isso é fato. Precisamos aprender a lidar com as emoções ruins e com as escolhas aparentemente ruins, porque se pararmos para pensar, até as escolhas ruins são boas porque geram aprendizados e são esses aprendizados que direcionam a sua vida.
Sabe qual é o nosso grande problema que nos impede de evoluir, crescer, aprender? É que a gente perde muito mais tempo pensando no problema em si do que na sua resolução. Terminamos por concentrar a nossa energia em algo que nos deixa mal e não acrescenta nada de útil na nossa vida. Persistirmos em algo que não tem mais fluidez, é denso, pesa na tua alma e na tua consciência e por mais que você e o outro tente tornar a relação leve, as coisas não contribuem para que isso aconteça. Para mim, é um sinal mais do que suficiente do Universo de que aquilo dali chegou ao fim na sua vida e está tudo bem, saca? E isso não significa que você ignorou todas as histórias boas que viveu com aquela pessoa ou foi ingrata, significa que no teu passado essa amizade/relacionamento foi boa, mas no teu presente não é mais, te faz mal e te suga e cara, se tem uma coisa que aprendi nessa minha vida numa experiência que tive com término de amizade, uma lição que vivenciei e aprendi há sete meses para ser mais exata, é que a gente não pode viver no presente uma situação ruim, que não faz bem para as pessoas envolvidas e que não agrega valor na sua vida somente por respeito ao passado, porque no passado vocês viveram ótimas histórias. Como diria minha mãe, ‘’quem vive de passado é museu’’ e se no presente não faz mais sentido, está tudo bem você querer se retirar e colocar um ponto final na história em prol da sua saúde mental. Pode crer, nada vale a tua paz de espírito e a tua saúde mental, outra lição que aprendi em 2018 em detrimento disso.
E para finalizar essa nossa primeira reflexão do ano, não se culpe pelas suas escolhas, principalmente se elas lhe trouxeram/trazem paz. As pessoas interpretam as situações e escolhas alheias a partir da vivência delas, se você tem a consciência de que tudo foi explicado antes de partir (é importante ter essa responsabilidade afetiva de deixar claro o motivo de estar indo embora da vida de alguém) e está em paz, está leve, está se sentindo bem, seja feliz! Se o outro ainda não compreendeu a sua escolha, mesmo você deixando tudo claro, não se sinta culpado, porque não é mais responsabilidade sua o que o outro sente ou acha de você, porque só você sabe do seu íntimo e sabe dos seus motivos pelas escolhas feitas. Nem todos compreenderão as nossas escolhas e está tudo bem, não podemos deixar de viver o que há de melhor nessa vida por causa disso, reitero, principalmente quando você teve a responsabilidade de avisar que está partindo, a dor maior das idas é quando alguém vai embora da sua vida e você nem sabe o porquê, isso sim eu considero muita irresponsabilidade afetiva e ingratidão para com o outro. Enfim, se a sua escolha lhe trouxe paz, sejas feliz! Infelizmente corremos o risco de não agradarmos a todos, não é? E está tudo bem também.  

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